Tik Tok na mira dos EUA. O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que o aplicativo criado na China precisa ser eliminado de “qualquer maneira” do alcance da população.
A declaração de Blinken aconteceu durante reunião do Comitê de Assuntos Internacionais, quando o representante do Partido Republicano pelo estado do Colorado, Ken Buck. questionou, durante audiência solicitada pelos administradores do Tik Tok, se a rede social chinesa representava uma “ameaça à segurança dos Estados Unidos”.
A reclamação de Blinken reforça a acusação feita pelo governo dos EUA no ano passado, de que a mídia social, muito popular também no Brasil, poderia ser usada como uma ferramenta do Partido Comunista Chinês para espionar os EUA e outras nações ocidentais.
Por conta da desconfiança, o download do app foi terminantemente proibido em qualquer esfera do governo federal norte-americano. A medida paliativa deverá durar até que o congresso decida o futuro do aplicativo por meio de um projeto de lei.
Tik Tok: a resposta da empresa
Em reação à tentativa do governo de banir o aplicativo nos Estados Unidos, o CEO da Tik Tok, Shou Zi Chew, declarou, durante sua participação em audiência do Congresso norte-americano, que um eventual banimento do app geraria “muitos desempregos e prejudicaria o desenvolvimento econômico”.
Chew explicou ainda que ele é um nativo de Singapura, não da China comunista, e que o escritório central do Tik Tok é situado em Los Angeles, na Califórnia.
Ainda assim, Chew reconheceu que a matriz desenvolvedora do aplicativo, a Bytedance, é uma empresa controlada pelo governo de Xi Jinping e poderia levantar suspeitas sobre eventuais atividades ilícitas.