Inflação volta a subir em abril e justifica corte mais baixo da Selic, indica IBGE
Os alimentos e os remédios voltaram a pressionar a inflação em abril. Os dados sobre a escalada dos preços aparecem na pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com a apuração, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) sofreu alta de 0,38% em abril, após ter ficado em 0,16% em março. Os principais vilões do custo de vida mais alto foram remédios, alimentos e gasolina. Os analistas esperavam que o IPCA fechasse em 0,35%.
Contudo, o indicador referente a abril ainda é baixo, quando temos como padrão a percepção mais alta do consumidor sobre os preços dos produtos em supermercados e estabelecimentos.
Reajuste dos medicamentos pesaram no índice inflacionário, aponta IBGE
Segundo o IBGE, 7 dos 9 grupos de produtos e serviços do IPCA registraram alta nas cotações. Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e alimentação e bebidas (0,70%) foram os que mais pesaram no cálculo consolidado.
Os remédios – que sofreram alta de 4,50% em 31 de março – foram responsáveis diretos pelo índice inflacionário mais alto no período.
Por sua vez, no quesito alimentação em domicílio, o IPCA passou de 0,59% em março para 0,81% em abril. Mamão (22,76%), cebola (15,63%), tomate (14,09%) e café moído (3,08%) impactaram no resultado calculado pelo IBGE.