WhatsApp diz não valer a pena divulgar dados privados de usuários para atender uma pequena parcela de seu mercado. No Reino Unido, apenas 2% utilizam o aplicativo
Um projeto de lei que tramita há quatro anos no Parlamento Britânico poderá forçar o WhatsApp (controlado pela Meta) deixar o Reino Unido. O motivo é que a regulamentação debatida pelos membros do legislativo violaria a privacidade dos usuários. Se aprovado, a big tech teria de fornecer dados para auxiliar as autoridades a combater crimes como terrorismo e pedofilia.
Em entrevista concedida ao The Guardian, o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, admitiu a possibilidade de abandonar as atividades em território britânico, em virtude do mercado local representar apenas 2% do total coberto pela empresa.
“Cerca de 98% de nossos usuários estão fora do Reino Unido. Seria uma escolha estranha para nós s reduzir a segurança do produto de uma forma que afetaria a maioria dos usuários”, ponderou o executivo, que não demonstrou estar disposto a alterar a política de privacidade para atender uma minoria.
Regulamentação das redes sociais caminha a passos largos no Brasil
Aqui no Brasil, conforme o Paradoxo tem mostrado, governo, STF e veículos da imprensa têm demonstrado apoio à censura das redes sociais. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já chamou os grupos de WhatsApp de “coisa de Satanás”, e prometeu impor uma regulação mesmo sem aprovação no legislativo.