Enquanto o Exército caminha “em passos de tartaruga”, Maduro avança sobre a Guiana
O Ministério da Defesa do governo Lula decidiu ampliar a presença brasileira na fronteira do Brasil com Guiana e Venezuela. Além do reforço de contingente nas tropas do Exército, os militares devem contar agora com 20 blindados, destinados a aumentar o nível de segurança na região que vive clima de guerra iminente.
Embora o ministro José Múcio afirme que o programa já estava em curso desde o início de 2023 para o “combate ao garimpo ilegal”, o envio de equipamentos e munição à Pacaraima, em Roraima, acontece em um momento em que a fronteira deverá enfrentar seu momento mais agudo desde a crise migratória na Venezuela em 2019.
Exército Brasileiro enfrenta problemas de logística
Os 20 carros blindados modelo Guaicuru enviados pelo Exército Brasileiro terão uma longa jornada até chegarem ao seu destino, em Roraima, Por serem forçados a atravessar obstáculos fluviais e terrestres, a trajetória dos equipamentos que deixarão as unidades de Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul deve durar, pelo menos 30 dias.
Em contrapartida, a expansão militar da Venezuela sobre a pequena Guiana atua em velocidade quase supersônica. Nesta quarta-feira, a Assembleia Legislativa Venezuelana, comandada por Nicolás Maduro, deverá anunciar uma série de leis para liberar a exploração da estatal PDVSA nos férteis campos de Petróleo de Essequibo, na Guiana.
A “aprovação do referendo” que “autoriza a anexação” do território ao da Venezuela também deve contar com a criação de uma nova base militar na fronteira com a Guiana para enfrentar eventuais represálias.