Depois de aumentar ganhos dos aposentados e liberar mais crédito, o ministro da Economia da Argentina e candidato da situação, Sergio Massa, tenta isentar quase toda a população argentina para tentar vencer as eleições de outubro
O governo de Alberto Fernández acaba de anunciar uma cartada definitiva para tentar reverter a tendência das eleições presidenciais que acontecem em 22 de outubro na Argentina. O candidato da situação e atual ministro da Economia, Sergio Massa, decidiu isentar do pagamento de Imposto de Renda quase toda a população do país (hoje em cerca de R$ 46 milhões) . Isso porque só deverão prestar contas à Receita Federal os que recebem mais de R$ 23.971 mensais.
A contrapartida, segundo Massa, seria o reajuste dos tributos sobre importações e consequente aumento do consumo. O número representa 1%, da população ou cerca de 100 mil pagadores de impostos e prevê perdas de US$ 1 bilhão em 12 meses para o governo argentino.
“O Estado está se esforçando para deixar de arrecadar quase US$ 1 bilhão por ano, que é direcionado diretamente ao consumo e melhora do poder de compra dos trabalhadores e aposentados”, declarou Massa, ao anunciar a medida populista.
Vale tudo para derrotar Milei nas eleições na Argentina
Além da intervenção direta na política fiscal de seu Banco Central (o BC argentino não é autônomo, como no Brasil), a população recebeu recentemente novas medidas não menos populistas para “aliviar” a sensação momentânea de inflação, que já ultrapassou os 124% em 12 meses. O pacote fiscal de Sergio Massa ainda inclui bônus para aposentados e pensionistas e aumento de limite crédito consignado. Em suma, vale tudo para derrotar o favorito, Javier Milei. Nem que resulte em mais impressão de dinheiro e inflação.