Novamente, Nikolas Ferreira no olho do furacão. Ou melhor: do preconceito
No Dia Internacional da Mulher deste ano, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, decidiu se manifestar, em tom de repúdio, contra uma fala de seu colega de plenário, Nikolas Ferreira.
Coragem não faltou ao deputado do PP de Alagoas para reagir.
“O Plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém. O deputado Nikolas Ferreira merece minha reprimenda pública por sua atitude no dia de hoje. A todas e todos que se sentiram ofendidas e ofendidos, minha solidariedade”.
Lira, destemido, foi apenas a cereja sobre um bolo recheado por acusadores, como da deputada Tabata Amaral. Uma mulher. Além de clamar pela perda do mandato de Nikolas, desejava que a Câmara apagasse seu discurso, aqui reproduzido na íntegra.
“Hoje eu me sinto mulher. Deputada Nicole”. As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. Para vocês terem ideia do perigo de tudo isso, eles estão querendo colocar a imposição de uma realidade que não é a realidade. Ou você concorda com o que estão dizendo ou, caso contrário, você é um transfóbico, um homofóbico e um preconceituoso”.
Antes de voltar a Nikolas, pedimos licença para reproduzir um fato que só não aparentará chocante se o leitor não possuir sentimentos.
Nesta semana, Audrey Halle – alguém que se identifica como mulher trans – invadiu uma escola de Nashville, nos Estados Unidos e matou três crianças a tiros.
Pouca repercussão se viu sobre o fato.
(…)
Em fevereiro, Ian Bullock – um homem que diz sentir-se mulher – entrou em um banheiro feminino em uma estação de trem, e abusou de uma mulher.
Nenhum dos casos acima repercutiu mais no Brasil do que a peruca usada por Nikolas. Para entendedores que nem precisam ser tão bons assim, o deputado claramente usou da chacota para emitir um sinal de alerta.
Já nesta terça-feira, 27 de março, no calor de uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara, os acusadores de Nikolas Ferreira finalmente tiveram a chance de mostrar suas verdadeiras cores.
Em certa altura do debate, diversos deputados da base apoiadora de Lula, com amplo destaque para André Janones, começaram a provocar Nikolas, no melhor estilo da antiga quinta-série ginasial, o apelidando de “Chupetinha”, “Nicole”, pedindo a ele para “usar a peruca”, entre outras chacotas. Chacotas, claro, que agora deverão ser vistas apenas como algo do tipo:
“A gente estava apenas brincando” – ou – “Você mesmo não vestiu a peruca, Nikolas?”.
Algo na linha do preconceito do bem.
O cúmulo da falta de decoro só poderia vir de onde se mais espera. Rui Falcão, deputado petista – e acredite se quiser – presidente da CCJ – soltou um “vai chupetinha” para pedir que Nikolas Ferreira continuasse seu discurso.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, não tomou a ofensa em nome da tal constituição que ele jurou seguir durante horas de discurso na CCJ.
Não que a menção mude a história do Brasil, hoje vítima de chacotas diárias, mas o deputado André Janones – o mesmo serviçal de Lula que disse ter sido convertido ao petismo em nome da democracia – passou boa parte de sua carreira como influencer na campanha eleitoral de 2022 abusando de fake news, ataques, ofensas e muito mais.
Há de se desculpar Janones, pelo fato de que ele agiu ciente de sua impunidade.
Nikolas Ferreira é atacado por Janones de forma preconceituosa
Justiça seja feita, o Portal Terra mandou a real em uma publicação de 13 de outubro de 2022.
“Janones e apoiadores de Lula fazem ataques homofóbicos; PT silencia”
No texto, o site explicou: “Insinuações sobre a sexualidade do recém-eleito deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do pastor André Valadão foram usadas como arma contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição ao Palácio do Planalto pelo PL.”
Uma dessas tais insinuações foi um vídeo com cenas pornográficas, em que Janones insinuava conter imagens de Nikolas Ferreira, com um dos atores.
A partir da postagem, Janones prosseguiu sua campanha homofóbica contra Nikolas, sem que um alarde de proporções bíblicas ressoasse pela mídia.
A matéria do Terra continua:
“Desde então até ontem, Janones e apoiadores de Lula usaram expressões pejorativas para atacar os adversários. “Mete a boca”, escreveu Janones ao comentar uma postagem na qual Nikolas anunciou participação em um debate com o deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP). Janones afirmou que Nikolas “é bocudo demais”, além de dizer que o deputado “não fecha a boca um segundo”.
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Nesta quarta-feira, o deputado Rui Falcão usou suas redes sociais para “esclarecer” o deprimente evento.
“O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), deputado Rui Falcão (PT-SP), repudia com veemência a informação que lhes atribuíram uso de expressão homofóbica contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), durante reunião na comissão com o ministro de Justiça, Flávio Dino, ocorrida nesta terça-feira (28/03).
Deputado informa que ao passar a palavra ao parlamentar, desligou o seu microfone. Na ocasião, um parlamentar – até o momento não identificado – usou a expressão homofóbica contra o deputado Nikolas, a partir daí houve uma série de interrupções da fala desse parlamentar, porém o deputado garantiu-lhe a restituição da palavra para que ele concluísse a sua interpelação ao ministro”.
Sr. Rui Falcão, aproveito para poster o vídeo que o senhor diz não revelar sua voz chamando Nikolas Ferreira de “Chupetinha”.
Será que assim como o sítio e o triplex, a voz seria de um amigo?