Saiba como a troca de ministros na pasta do Turismo foi vital para que Lula conseguisse garantir a aprovação da reforma trabalhista na Câmara
Horas antes de a PEC 45/2019 entrar em votação na Câmara para dar início à reforma tributária na quinta-feira, o União Brasil ameaçou abandonar o barco se a apreciação da matéria não fosse adiada. O motivo: a permanência de Daniela Carneiro no Ministério do Turismo.
Minutos depois, a novidade. Após o ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) garantir que não iria ocorrer alteração na pasta, os mesmos deputados desistiram de boicotar a votação. A mudança de opinião tinha nome. Daniela Carneiro seria demitida para dar lugar ao deputado Celso Sabino, nome preferido do União.
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“O presidente Lula e eu nos reuniremos com o presidente e os líderes do União Brasil, em data a ser definida amanhã, para receber a indicação do deputado Celso Sabino, que vai liderar a pasta do Turismo, dando continuidade ao trabalho pela recuperação de um setor tão importante para a geração de emprego e renda no Brasil”, anunciou o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha
União Brasil e “emendas Pix”: os bastidores da reforma tributária
Como o Paradoxo BR mostrou, além de controlar os ânimos com a negociata dentro do ministério do Turismo, o governo Lula conseguiu embarcar o Republicanos, partido, até então, de oposição, para votar favorável à reforma. Neste caso, o aceno do governador Tarcísio Gomes de Freitas, da mesma sigla, também foi decisivo.
Ainda houve o fator “Pix” – nome politicamente correto do orçamento secreto. Em dois dias, Lula liberou emendas parlamentares atreladas ao Ministério da Saúde que somam R$ 7,5 bilhões para “persuadir” os deputados “indecisos”.