Após a deputada Gleisi Hoffmann afirmar que o TSE “não deveria existir”, o presidente da Corte eleitoral mandou a real para a presidente do PT
A lua de mel entre os petistas e o ministro Alexandre de Moraes (STF) está bem perto de seu fim. Bastou uma crítica feita pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reagir com veemência. Gleisi afirmou de forma contundente que a autoridade que cuida das eleições “deveria ser extinta”.
“Lamentavelmente, a própria existência da Justiça Eleitoral foi contestada por presidente de partido político, fruto do total desconhecimento sobre sua importância, estrutura, organização e funcionamento”, disparou Moraes, sem citar propriamente a deputada do PT.
Moraes complementou sua crítica, apontando que o Brasil seria a única democracia mundial que apura e divulga os resultados das votações em 24 horas. Ele ainda destacou que o processo é feito “com segurança e transparência”.
O presidente do TSE também disse que o tribunal não teme qualquer ataque contra “forças que não acreditam no Estado Democrático de Direito”.
TSE x Gleisi: a origem do imbróglio
Os comentários de Alexandre de Moraes foram uma resposta à afirmação feita por Gleisi Hoffmann a respeito da utilidade do TSE. Durante debate na Câmara, a petista disparou contra o tribunal.
“Eu queria falar das multas dos tribunais eleitorais, que não são exequíveis e trazem a visão subjetiva da equipe técnica do tribunal”, declarou Gleisi. “Ele (o TSE) sistematicamente entra na vida dos partidos políticos, querendo dar orientação, interpretando a vontade de dirigentes, a vontade de candidatos. Isso inviabiliza partidos – não pode haver uma justiça eleitoral”, analisou.