TSE deve julgar em breve ação movida pelo PDT que pode deixar o ex-presidente sem poder concorrer a nenhum cargo por 8 anos
Depois de cassar Deltan Dallagnol, o Tribunal Superior Eleitoral se prepara para analisar mais uma ação contra políticos de direita. O corregedor do TSE Benedito Gonçalves – o mesmo algoz do deputado do Podemos – liberou para julgamento uma ação movida pelo PDT de Ciro Gomes, que alegou abuso de poder exercido pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A acusação ser refere a julho de 2022, quando o mandatário reuniu embaixadores para apontar supostas falhas no sistema eleitoral brasileiro. Caso o TSE aceite a denúncia, Bolsonaro poderá ficar inelegível por 8 anos. Isto é: o ex-presidente não poderá concorrer a nenhum cargo público neste período.
Na prática, a palestra de Bolsonaro aos embaixadores terá efeito pior do que o impeachment de Dilma Roussef. Apesar de a petista ter perdido o cargo de presidente, o acordo entre o então ministro Ricardo Lewandowski (STF) e o senador Renan Calheiros (MDB) permitiu que Dilma participasse das eleições de 2018.
TSE terá ministros próximos a Alexandre de Moraes
No julgamento (ainda sem data marcada), dois ministros próximos ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, substituirão Carlos Horbach e Sérgio Banhos, titulares na gestão anterior. Em seus lugares, entram André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques, definidos após reunião com Lula no churrasco da última sexta-feira, no Palácio do Alvorada.