TSE alivia para o PT no Petrolão. Aos poucos, todos os envolvidos em escândalos apurados na Operação Lava Jato conseguem se livrar de seus processos Agora, foi a vez do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivar três processos que apuravam o uso de recursos desviados da Petrobras nas campanhas eleitorais de 2014.
Os absolvidos pela corte eleitoral foram os principais acusados de cometer crimes no Petrolão: PT, PMDB e PP.
O julgamento demorou sete anos para ser concluído. De acordo com o TSE, As três representações haviam sido abertas em 2016 pela corregedora-geral eleitoral, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que recebeu os documentos probatórios do ex-juiz da Lava Jato em Curitiba, Sérgio Moro.
Ao contrário do veredito apresentado nesta quinta-feira, a decisão preliminar apontava que os partidos eram culpados das acusações.
“Constato, nesta análise preliminar da documentação, indícios de práticas ilegais tanto por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), quanto pelo Partido Progressista (PP) e pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)”, escreveu a corregedora.
TSE dá a palavra final sobre o caso
Os casos ficaram quase um ano parados até serem distribuídos para a ministra Rosa Weber e o ministro Luiz Fux. Ao chegarem em suas mãos, os togados votaram pelo arquivamento do processo.
Nesta quinta-feira, o atual corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves (o mesmo que recebeu tapinhas no rosto de Lula antes das eleições de 2022) devolveu as vistas e decidiu acompanhar os votos pelo arquivamento.
“Não há o mínimo suporte de prova para poder prosseguir com a investigação”, afirmou ele. Os demais ministros fizeram o mesmo. Com isso, as representações serão arquivadas antes mesmo de se tornarem ações de investigação judicial eleitoral”, decretou.
Gonçalves, vale lembrar, foi nomeado ao cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça em 2008 por Lula, ocupando o cargo de José Delgado.
