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The Intercept Brasil aparece em lista de pagamentos do PCC

O site The Intercept Brasil ganhou notoriedade após liderar forte campanha contra o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro do governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ.

Agora, o antigo veículo do jornalista norte-americano Glenn Greenwald (foto) entrou na mira de investigações da Polícia Federal, após divulgação de detalhes sobre a tentativa de sequestro de Moro e seus familiares, interrompidas pelas autoridades na última quarta-feira (22).

Segundo relatório da PF, assinado pelo delegado Martin Purper, os investigadores apreenderam um documento do Primeiro Comando da Capital (PCC), em que o site The Intercept Brasil é mencionado.

“Jamais nos foi solicitado relatório dos destinos de despesas, mas para que fique claro, iremos elencar algumas delas”, aponta um trecho do documento redigido em 24 de agosto de 2022.


Em seguida, o documento revela uma lista com eventuais receptores de pagamentos a serem feitos pelo PCC. Entre eles, advogados em Angola e na África do Sul, inúmeros peritos e profissionais de Fortaleza, no Ceará e o site The Intercept Brasil.

Todos os dados foram apresentados pela PF à justiça, ação que levou a autorização da prisão de 9 integrantes da quadrilha. Dois dos investigados permanecem foragidos.

Em reposta, o The Intercept Brasil negou, via comunicado, qualquer ligação com membros do PCC.

“O Intercept Brasil não recebeu dinheiro do PCC. Esta é uma ilação falsa, que não encontra nenhum respaldo na realidade. O documento apresentado sequer aponta quem teria doado ou quanto.

O Intercept recebe contribuições de mais 40 mil pessoas físicas, via a página ajude.intercept.com.br. As contribuições têm valor médio de 40 reais. Todos os nomes mencionados no referido documento foram checados em nossa base de doadores e não foram encontrados. (…)

Portanto, dizer que o PCC financiou o Intercept é tão errado quanto dizer que o PCC financia a Jovem Pan ou qualquer outro veículo porque um de seus integrantes comprou uma assinatura ou clicou no anúncio de um dos vídeos do canal.”, justificou.

The Intercept x Moro: a história da Vaza Jato

Em 2019, o The Intercept Brasil publicou uma série de reportagens, feitas com a colaboração de hackers, divulgando mensagens trocadas entre Sergio Moro e membros da Força Tarefa da Lava Jato via Telegram.

O episódio foi apelidado de “Vaza Jato”, e incluído pela defesa de Lula em processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Apesar de as informações terem sido obtidas por meio ilícito e, portanto, serem inconstitucionais, a Corte decidiu acata-las, tornando Moro “suspeito” em seu julgamento de Lula, quando o mesmo era o juiz-titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

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