O governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) afirmou que não permitirá que o ministério público “governe em seu lugar”. A afirmação aconteceu nesta quarta-feira (8), em entrevista coletiva concedida após a divulgação dos novos trem que atenderão passageiros na capital paulista da Linha 9-Esmeralda, operados pela empresa ViaMobilidade.
A reação foi uma resposta do governador a críticas feitas a respeito do contrato fechado na gestão de João Doria com a companhia, que é alvo de investigações do Ministério Público de São Paulo.
“O governador do estado sou eu. O Executivo está aqui. No dia que você permitir que o Ministério Público governe o estado para você, você está morto.”, apontou Tarcísio.
Mais tarde, em reação à repercussão da declaração do governador, o MP-SP emitiu uma nota oficial justificando sua atuação no sistema de transportes públicos do estado.
“O MP-SP esclarece que, em relação aos problemas verificados na operação das linhas 8 e 9 do Metrô, vem atuando nos limites de suas atribuições para buscar a melhor solução em favor dos usuários. Os canais de diálogo seguem abertos, como se pode comprovar pela reunião de trabalho realizada no dia 31 de janeiro entre os promotores de Justiça responsáveis pelo inquérito civil e representantes da concessionária e do governo do Estado. Tanto o Executivo quanto o Ministério Público almejam o mesmo: a prestação de um serviço de qualidade a fim de que o transporte público, um direito consagrado pela Constituição, seja efetivo. Isso não se confunde com a pretensão de governar. Caracteriza, isto sim, o estrito cumprimento de uma de suas importantes missões constitucionais no campo da tutela coletiva dos direitos sociais.”, escreveu o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.
Tarcísio já rompeu contrato com consórcio responsável pelo monotrilho
O governador Tarcísio Gomes de Freitas, embora com apenas três meses no cargo, já atuou com severidade em outro caso relacionado à malha ferroviária paulista. No último dia 2, ele afirmou que iria sustar o contrato firmado com as companhias KPE e Coesam responsáveis pela obra da Linha 17-Ouro do Monotrilho, em atividade desde 2013. Na oportunidade, o governador declarou:
“Não conseguiram entregar a obra. A gente não quer mais essa empresa trabalhando para o estado. Vamos rescindir o contrato, vamos punir a empresa e vamos buscar alternativas”, prometeu.
“E eu quero estar com essa Linha 17 pronta no final do ano que vem. No mais tardar, no início de 2025 eu quero essa Linha 17 operando”, concluiu.