Sergio Moro (União-PR) teria desobedecido regras do TSE, utilizando R$ 2 milhões a mais do que o permitido por lei na campanha de 2022
Depois de Deltan Dallagnol, o próximo parlamentar eleito em 2022 a ser cassado pela justiça eleitoral deverá ser o senador Sergio Moro (União-PR).
Os primeiros indícios de que a breve carreira política está perto do fim foram apresentados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que decidiu acatar de forma parcial uma ação contra o ex-juiz por abuso econômico na campanha eleitoral do ano passado.
As denúncias contra Moro foram apresentadas pelo Partido Liberal (PL) e Partido dos Trabalhadores (PT). Eles questionam o emprego não declarado de R$ 2 milhões no impulsionamento de sua candidatura ao Senado.
Moro teria gasto R$ 2 milhões a mais do que o permitido pelo TSE em 2022
Segundo as regras do TSE, o gasto máximo permitido em uma campanha para senador é de R$ 4,4 milhões e Moro teria desembolsado R$ 6 milhões. De acordo com o parecer assinado em conjunto pelo procurador regional eleitoral Marcelo Godoy e pela procuradora regional eleitoral substituta Eloisa Helena Machado, a campanha do ex-ministro de Bolsonaro teria feito “uso excessivo de poderio econômico”.
“Este contexto demonstra que os meios empregados para a realização de pré-campanha e os valores despendidos nesta empreitada em prol dos investigados mostrou-se, de fato, desarrazoada, assumindo contornos de uso excessivo do poderio econômico”, escreveram os procuradores.