Segundo a OMS, Brasil já vive epidemia de dengue com 500 casos da doença para cada 100 mil habitantes
Sem a quantidade necessária de vacinas para apaziguar a crise, o Brasil computou nesta semana mais de 1 milhão de infecções por dengue em todo o território nacional. O total de mortes ocasionadas por casos mais graves da doença chegou a 214. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a incidência de 501 casos de dengue para cada 100 mil habitantes já ultrapassou com sobra o limite estabelecido para configurar estado epidêmico.
Em São Paulo – o 2º estado do ranking nacional em número de casos por número de habitantes – a Secretaria de Estado da Saúde contabilizou até 1º de março 23 falecimentos entre cerca de 190 mil casos registrados. Mais 127 óbitos estão sob investigação. Os municípios com maior incidência de dengue (por ordem alfabética) são: Bauru, Batatais, Bebedouro, Campinas, Embu-Guaçu, Franca, Guarulhos, Marília, Pindamonhangaba, São Paulo, Suzano,Taubaté e Tremembé.
Confira os estados com maior incidência de dengue em 2024:
Pelo quesito populacional, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro são os atuais líderes do ranking de casos de dengue até o final de fevereiro. Dos incluídos no Top 5, apenas Rio de Janeiro e São Paulo ainda não decretaram estado de emergência. Os governadores de Acre, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina também se encontram em condições precárias.
Vacina japonesa foi ignorada pelo governo Lula
Em julho de 2023, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que iria priorizar a vacina desenvolvida no Butantã. Por meio de nota, o governo petista descartou investir no imunizante japonês Takeda e atacou a gestão de Jair Bolsonaro afirmando que “o governo Lula adotou uma política de produção nacional para evitar a tragédia da pandemia de covid-19 quando faltaram ventiladores e equipamentos de produção elementares”.
Até então, o Brasil havia registrado nos 6 primeiros meses do ano passado 1,38 milhão de casos de dengue – número que deverá ser batido até o fim da próxima semana
.No início de fevereiro deste ano, admitindo que não teria poder de atender a todo o país com o baixo estoque de vacinas, a ministra Nísia Trindade afirmou que o imunizante “não era um instrumento mágico”.
“Na situação de emergência, a vacina não deve ser vista como um instrumento mágico porque precisa de duas doses, intervalo de três meses, além do que já foi amplamente divulgado, de que, nesse momento, a oferta do laboratório é restrita”, admitiu.