CPMI do 8 de Janeiro culpa Bolsonaro, Carla Zambelli e quase todo o governo anterior pelos ataques à sede dos Três Poderes. Governo Lula – incluindo G. Dias – foram deixados de fora
Para a surpresa de poucos brasileiros, a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSB-MA), decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como principal culpado da invasão das sedes dos três poderes em Brasília.
Durante a leitura do relatório da CPMI nesta terça-feira (17), Eliziane Gama destacou que Bolsonaro – então, fora do país desde 30 de dezembro de 2022 – foi o responsável pelos crimes contra o patrimônio público e disseminação “de discurso de ódio”.
Confira trecho do relatório:
“A democracia brasileira foi atacada, massas foram manipuladas com discursos de ódio, milicianos digitais foram empregados para disseminar o medo, desqualificar adversários e promover ataques ao sistema eleitoral, forças de segurança foram cooptadas, tentou se corromper, obstruir e anular as eleições, um golpe de estado foi ensaiado e por fim foram estimulados atos e movimentos desesperados de tomadas de poder. O 8 de janeiro é obra do que chamamos de bolsonarismo”,
CPMI do 8 de Janeiro: a lista de indiciados
No documento completo, Eliziane Gama e equipe acrescentaram os demais responsáveis pelo incidente. Nenhum membro do governo Lula, como o ex-GSI G. Dias, foi incluído.
São eles: o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-diretor da Polícia Federal Rodoviária, Silvinei Vasques, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o ex-ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, o ex-GSI de Bolsonaro, general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Também entraram na lista de indiciados o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).