Defasagem do preço da gasolina no mercado internacional e conflito no Oriente Médio deve forçar governo a reajustar combustível ainda em abril
O preço da gasolina e dos demais combustíveis à base de petróleo poderá disparar nos próximos dias, caso o conflito entre Israel e Irã seja prolongado. Esta é a visão dos principais analistas, embora a cotação diária do barril Brent tenha caído nas primeiras horas desta segunda-feira (15) no mercado internacional.
Segundo o US Energy Information Administration, o Irã é o 6º maior produtor de petróleo do mundo, e uma eventual ação militar poderá contaminar os demais países produtores do Oriente Médio.
Enquanto isso não acontece, os dois principais contratos futuros de petróleo apresentaram queda na bolsa de Nova York. Os prognósticos para maio do barril West Texas Intermediate (WTI) ficou em US$ 84,75 na abertura das negociações. Já as estimativas para o barril do Brent para junho caíram para US$ 89,65.
Defasagem do preço da gasolina já está em 19%
No Brasil, além da guerra, a Petrobras deverá ser forçada a promover reajustes na gasolina e derivados, em virtude das cotações do combustível estarem bem abaixo em relação às cotações internacionais.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem chegou a 19%. Na sexta-feira, a diferença era de 17%.