Sala do Futuro para os alunos paulistas. O governo do estado de São Paulo lançou nesta quinta-feira (16) um programa direcionado a manter os estudantes nas escolas. Batizado como Sala do Futuro, o programa consistem em um conjunto de ferramentas digitais para levar a Educação paulista para uma nova fase, mais e atrativa aos estudantes.
A cerimônia de inauguração aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, com as presenças do governador Tarcísio (Republicanos-SP), além do secretário de Educação, Renato Feder, e do presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Jean Pierre Neto.
“Com esses aplicativos, estamos atacando duas questões fundamentais para termos uma educação de qualidade: frequência e performance. Monitorando esses dois pilares, teremos resultado e que, no final, ele tenha ferramentas para ingressar no mercado de trabalho e prosperar”, destacou o governador Tarcísio Gomes de Freitas.
Sala do Futuro: como funcionará o programa
Uma das inovações do Programa Sala do Futuro será o Diário de Classe, um aplicativo criado para acompanhar a frequência e desempenho dos alunos.
O objetivo principal do app será o auxílio a redução da evasão escolar. A expectativa da Secretaria de Educação é que essa medida possa colocar até 100 mil alunos a mais nas escolas diariamente.
A ferramenta permite acesso à frequência do estudante de forma mais ágil e os dados serão interligados diretamente ao painel do “Aluno Presente”. Será por esse sistema que professores, diretores, dirigentes e a própria Secretaria de Educação, cada um em seu nível de acesso, vão monitorar a frequência escolar dos discentes. A plataforma também permite o comparativo entre uma semana e outra, além do controle de aulas previstas e aulas registradas.
“Temos 80% de frequência, o que significa que, de cinco dias de aula, ele vai quatro para a escola. Isso é gravíssimo e precisamos apoiar a escola para mudarmos esse cenário“, afirmou o secretário Estadual de Educação, Renato Feder.
Outra novidade anunciada no evento é a Prova Paulista, que será aplicada bimestralmente para os estudantes do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e de todo o Ensino Médio, de forma totalmente digital, por meio do aplicativo do Centro de Mídias de São Paulo.
Anteriormente, parte dos alunos resolvia a prova impressa. As notas eram digitadas manualmente, atrasando a divulgação dos resultados e a adoção de medidas para melhorar o ensino.
Com o uso da tecnologia, as notas deverão ser disponibilizadas em 24 horas, facilitando as intervenções pedagógicas em todos os níveis da rede, vez que professores poderão visualizar mais rapidamente os pontos de maior dificuldade dos alunos, identificando aqueles que necessitam de maior atenção na recomposição da aprendizagem, bem como o aperfeiçoamento do ambiente em sala de aula para incentivar o aprendizado.
“Nossa objetivo é termos participação nessa prova. Os professores e professoras poderão conhecer melhor os seus alunos e identificar as disciplinas em que os estudantes precisam melhorar e tornar a educação mais efetiva”, apontou Renato Feder.
A previsão é que as primeiras provas sejam aplicadas em 28 e 29 de março, para alunos do 5º ano.