Sabesp na mira das privatizações. O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), deu nesta semana mais um passo rumo à total privatização da Sabesp – a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, além da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).
Atualmente, a Sabesp já é uma empresa de capital aberto, que controla 50,3% de suas ações na bolsa de valores.
A decisão das privatizações foi comunicada à imprensa após a 15ª Reunião Conjunta do Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas e do Conselho Diretor de Desestatização.
“Esperamos ter grandes investimentos, que vão permitir que o prazo para o cumprimento das metas de universalização dos serviços de água e esgoto, que são para 2033, sejam comprimidos”, apontou Tarcísio Gomes de Freitas.
“Também teremos um bônus de assinatura elevado, que vai ajudar a melhorar o atendimento. Além disso, também esperamos a redução de tarifas. Estou absolutamente convicto de que podemos ter um resultado muito bom. Nós não vamos fazer privatização para aumentar a conta do cidadão”, completou o governador.
Sabesp e governo de São Paulo: trajeto oposto à Brasília
A decisão de privatizar empresas tradicionais do estado de São Paulo comunicada pelo governador Tarcísio Gomes de Freitas tem sido vista como uma forma de sinalizar trajetos opostos aos anunciados pelo governo Lula.
Logo no primeiro dia de seu terceiro mandato, o petista determinou a revogação da privatização de oito empresas, atualmente controladas pelo governo federal. Nessa lista estão Petrobras, Correios, Empresa Brasil de Comunicação, Dataprev, Nuclebras, Serviço Federal de Processamento de Dados e imóveis da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).