Rosa Weber se aposentará nesta quarta-feira, após completar 75 anos, deixando de presente à esquerda uma série de pautas polêmicas para julgamento, como a legalização do aborto com 3 semanas de gravidez
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, se despede hoje da corte, após completar 75 anos – idade que força a aposentadoria dos integrantes do judiciário. Indicada por Dilma Rousseff (PT) ao posto, Weber deixará um legado que apenas o governo Lula deverá celebrar no futuro.
A primeira decisão que influenciou os rumos da Justiça e causou jurisprudência em inúmeros condenados na operação Lava Jato (incluindo o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral) foi a mudança de entendimento da prisão após trânsito em julgado.
Após julgar que nenhum condenado poderá ser preso sem que seja apurado o último recurso permitido pela Constituição Federal e Código Processual Penal, Weber abriu espaço para a soltura de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro.
Rosa Weber atende PSOL para legalizar aborto com 3 meses de gestação
Sua última investida contra pautas que deveriam ser de competência do Legislativo foi recente. Atendendo ao PSOL, Weber liberou para julgamento a a interrupção da gestação com até 3 meses. A ação de Weber revoltou grande parte da sociedade – e da oposição, que já anunciou medidas para conter o ativismo do STF.
Rosa Weber será substituída na presidência do STF pelo ministro Luís Roberto Barroso, que terá Edson Fachin como vice a partir desta quinta-feira (28).