Rogério Marinho foi julgado culpado de improbidade pela justiça do Rio Grande do Norte. O senador entra para a lista de cassados do PL e aliados de Bolsonaro
Além de Jair Bolsonaro, que apresentas chances altas de ficar inelegível nos próximos dias, agora foi a vez do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) se tornar vítima de uma decisão judicial. O ex-ministro do Desenvolvimento Regional acaba de ser condenado em um caso aberto em 2007. O juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas entendu que Marinho cometeu improbidade administrativa por contratar “funcionários fantasmas” enquanto vereador da cidade de Natal entre 2001 e 2007.
De acordo com a justiça do Rio Grande do Norte, Marinho não poderá disputar eleições por 8 anos, além de perder o mandato atual. O senador ainda poderá recorrer da decisão.
“Em linhas gerais, restaram amplamente demonstradas a atuação fraudulenta, dolosa e deliberada, na formatação do famigerado esquema ilícito consistente na inclusão na folha de pagamentos da Câmara Municipal de Natal, de pessoas que não exerciam, efetivamente, qualquer atividade pública, concorrendo, assim, para que terceiros ou eles próprios enriquecessem ilicitamente às custas do erário”, apontou o magistrado.
Rogério Marinho divulga sua versão sobre o caso
Após receber a notícia de que iria perder o mandato, Rogério Marinho deu sua versão sobre o veredito.
Por meio de nota oficial, o senador do PL repudiou a decisão judicial, e ressaltou que nos autos não há qualquer constatação de apropriação de recursos nem de tráfico de influências.
“Por essa razão, é descabida a condenação em uma ação, cuja a iniciativa, inclusive, se encontra prescrita de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa. O senador, confiante na sua inocência, recorrerá da decisão para combatê-la no foro adequado, que é o do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte”, declarou Marinho.
Desde o fim das eleições, diversas esferas judiciais já cassaram deputados estaduais do PL no Ceará, além de impugnar o empresário Luciano Hang, da Havan, um dos mais fortes aliados de Bolsonaro. Outro nome forte da oposição também foi cassado: Deltan Dallagnol, uma das principais figuras da Operação Lava Jato.