Ricardo Salles disse ainda que foi um dos deputados que mais apanhou durante a gestão de Jair Bolsonaro e que “ser de direita não é um discurso. É uma conduta”
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) foi um dos mais incisivos ao discursar contra a reforma tributária, pleiteada por Lula. Salles ainda aproveitou para ratificar que o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) não tem aval para “negociar pelo PL”
“Presidente Bolsonaro, não foi só o Tarcísio que foi seu ministro por quatro anos. Fomos eu, o Marcos Pontes, o Rogério Marinho”, destacou Salles.
“Não vou dizer que foi que mais, porque seria pretensão minha. Mas eu fui um dos que mais apanhou durante seu governo”.
“Eu estava em um dos ministérios, cujo objetivo, é de enfrentar a esquerda”, ratificou.
“Sem nenhum demérito a ninguém aqui, é muito mais fácil fazer ponte, estrada e ferrovia do que combater a esquerda.
“Nos ministérios do Meio Ambiente, Justiça, Educação…é ali que a briga ideológica acontece”, apontou o ex-ministro do Meio Ambiente, comparando indiretamente sua gestão com a de Tarcísio.
“Ser de direita não é um discurso. Ser de direita é uma conduta. Nós ali estávamos com os deputados de direita, questionando o seguinte: ninguém outorgou ao Tarcísio o direito de negociar os assuntos do PL”, concluiu.
Ricardo Salles: “Não nos enfie a reforma goela abaixo”
Sobre a reforma tributária em jogo no Congresso, Ricardo Salles fechou questão que não irá aceitar votar um texto – segundo suas palavras – que seja “enfiado goela abaixo”.
” Chega, acabou a brincadeira. Nós queremos aprovar a reforma tributária? Sim. Mas não essa que está sendo imposta”, ratificou.
“Se houver mudanças positivas, podemos votar favoravelmente, é óbvio. Não somos radicais. Somos pessoas que não têm o rabo preso. Só fazemos o que nossa consciência manda. A nossa posição quanto à reforma é: não nos enfie goela abaixo”, finalizou.