Relembre quando o STF foi atacado por petistas – e não sofreram consequências jurídicas. Uma notícia para ser lida antes da aprovação do PL da Censura
Os recentes casos da veiculação de imagens onde políticos, como Sérgio Moro e Daniel Silveira, aparecem criticando ministros do Supremo Tribunal Federal remetem a um passado não tão distante, quando integrantes do atual governo aparecem em vídeos atacando os mesmos integrantes da corte mais alta do judiciário. A recente apreensão de celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama, Michelle, também podem ser um indicador de ativismo judicial, mas apenas de um lado do espectro político.
Em uma conversa de março de 2016, uma conversa entre Lula e Jorge Wagner (hoje, senador) revela a intenção de supostamente estimular ministras do STF a atuar a seu favor no caso do triplex do Guarujá.
“Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa possa fazer o que os homens não fizeram”, afirmou Lula, se referindo à ministra Rosa Weber (STF).
Em 13 de abril de 2018, o deputado federal Wadih Damous postou um vídeo no YouTube, sugerindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal.
“Temos que redesenhar o Poder Judiciário e o papel do Supremo Tribunal Federal. Tem que fechar o Supremo Tribunal Federal. Temos que criar uma corte constitucional de guarda exclusiva da Constituição, com seus membros detentores de mandato”, disse o parlamentar petista.
Relembre as falas de Dirceu sobre o STF
Naquele mesmo ano, o ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, seguiu a linha de Wadih Damous, afirmando que “era preciso fechar o Supremo”.
“É preciso “tirar todos os poderes do Supremo”, afirmou Dirceu, em entrevista ao portal piauiense 180 graus.
“Não sei por que chamam Supremo. Deveria ser só Corte Constitucional”, declarou. Judiciário não é poder da República. Ele é um órgão, mas se transformou em um quarto poder. Se o Judiciário assume poderes do executivo e do legislativo caminhamos para o autoritarismo”, declarou.