FMI aponta que economia brasileira pode sentir os efeitos do avanço da criminalidade em toda a América Latina
Uma série de eventos ligados à segurança pública que dominou o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023 – como os arrastões em alta no Rio de Janeiro – não combina com indicadores favoráveis economia brasileira. Ao menos, segundo as diretrizes do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo estudo publicado pela entidade nesta semana, os altos índices de crimes e violência são os fatores que insistem em impedir o desenvolvimento econômico das famílias em toda a América Latina, com destaque para o Brasil.
De acordo com o FMI, a região atualmente é responsável por quase metade das vítimas de homicídios dolosos no mundo, mesmo não chegando à marca de 8% da população global. Pelo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), a média de homicídios nos países latinos – incluindo o Brasil – é 10 vezes superior à de outras nações emergentes. Os números sobre a criminalidade, baseado no levantamento, é duas vezes maior do que no continente Africano.
De acordo com a apuração, a América Central – composta por ditaduras comandadas pelo nicaraguense Daniel Ortega, por exemplo – foi apontada como a sub-região mais violenta atualmente. Os índices de homicídio nessa região, que inclui os países caribenhos, subiram 4% nas últimas duas décadas.
FMI: criminalidade voltou a cair em 2022
Apesar da tendência de piora nos números, o Brasil começou 2023 com uma boa notícia sobre o combate à criminalidade. Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, houve uma redução de 2,4% nos registros de crimes hediondos em 2022, último ano do governo Bolsonaro. Ao todo, foram computadas 47,5 mil mortes violentas no ano passado contra 48,4 mil em 2021.