Relatora da CPMI – que é amiga particular de Dino – tenta postergar ação contra gal. Gonçalves Dias. Ele é acusado de adulterar documento da inteligência que o alertou sobre os ataques do 8 de janeiro
A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que irá solicitar a quebra de sigilo do relatório da Abin, o qual teria alertado 11 vezes o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, General Gonçalves Dias, sobre ameaças de invasão e depredação das sedes dos três poderes.
“Precisamos ter efetivamente o que consta nesse relatório. Se houve de fato fraudes, rasuras ou coisas parecidas. Devemos ter o documento em mãos concretamente para que possamos fazer uma apresentação sobre o que efetivamente ocorreu”, declarou a parlamentar, que é uma das maiores aliadas do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB-MA.
O senador Espiridião Amin (PP-SC), por sua vez, afirmou que tem total certeza de que o documento original da Agência Brasileira de Inteligência foi adulterado.
“É verdade. No primeiro relatório existem 11 supressões de ter o ministro chefe do GSI recebido as mensagens entre as 19h40 de 6 de janeiro, inclusive a mensagem que informava que o Congresso Nacional seria invadido”, garantiu o congressista.
Relatora promete “plano de trabalho” para CPMI
A promessa da relatora da comissão parlamentar mista de inquérito que investiga os ataques às sedes dos três poderes é de entregar um plano definido de trabalho na próxima terça-feira (6).
Até o momento, já foram enviados à mesa diretora mais de 600 requerimentos para ouvir testemunhas, além de quebras de sigilo. A CPMI também solicitou apoio técnico da Procuradora-Geral da União para ampliar os trabalhos.