Representantes da indústria apresentaram sugestões à CCJ do Senado, alertando para que mais isenções de tributos não aconteçam e prejudiquem o futuro da economia brasileira
Representantes do setor industrial brasileiro deram, até o momento, o melhor conselho sobre a iminente aprovação da reforma tributária. Durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) especialistas apontaram que, caso a lista de isenções de tributação aumente durante votação no Senado, haverá inevitável aumento de carga para os demais pagadores de impostos.
Como exemplo, o representante da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Igor Rocha destacou na audiência os setores de saúde, educação, agropecuária e transportes, que deverão ser agraciados com alíquota zero – ou redução de 60% – em relação aos demais segmentos da economia.
“Uma boa reforma tributária prevê o menor número possível de exceções”, alertou o economista. “A reforma tributária é muito importante. Traz racionalidade, simplificação e eficiência para a economia brasileira, mas é preciso sempre conter as exceções”, complementou.
CNT quer “regime especial” na reforma para transporte de passageiros
Já Alessandra Brandão, consultora jurídica da Confederação Nacional do Transporte, solicitou uma espécie de “correção de rota”. A representante da CNT quer alíquota diferenciada para quem trabalha levando e trazendo passageiros. Segundo ela, o setor é o único, entre os ligados aos transportes, que deverá pagar a alíquota cheia com uma carga estimada de 25%.
“Queremos que o transporte aéreo seja tratado com isonomia. O transporte de cargas também não foi contemplado. Se o frete aumenta, os preços aumentam”, ponderou.