A refinaria Abreu e Lima – uma das mais superfaturadas da história – contará com novas obras para a produção de combustíveis. O presidente da Petrobras afirmou que já há 7 empresas interessadas
A Petrobras está prestes a retomar obras na refinaria Abreu e Lima – refinaria que nasceu da parceria entre Lula e Hugo Chávez em 2005 ao custo de US$ 2 bilhões, mas que terminou com orçamento superior a US$ 20 bilhões em 2014.
A suspeita de superfaturamento do projeto acabou na mira da Operação Lava Jato, hoje totalmente desmontada por decisões judiciais.
Segundo a estatal, o projeto Trem 2 de produção de combustíveis da Abreu e Lima foi aprovado pela diretoria, e já teria sete empresas interessadas em participar do processo de licitação.
“Aprovamos o investimento no conselho e na diretoria e estamos completamente livres para reiniciar a questão do projeto”, comentou o presidente da empresa, Jean Paul Prates.
Abreu e Lima: falta de transparência e calotes
Originalmente uma parceria firmada entre Brasil e Venezuela, a construção de Abreu e Lima foi vítima de atrasos e de um poderoso calote aplicado pelo governo venezuelano. Além da explosão do orçamento original, foi revelada a ausência de um contrato formal entre o governo brasileiro e a então administração de Hugo Chávez.
Já a CEO da Petrobras na fase final do projeto, Graças Foster, chegou a comentar que o imbróglio gerado pela refinaria serviu como lição para o país nunca mais repetir “erros” como os cometidos durante o desenvolvimento da Abreu e Lima.
“A Abreu e Lima nos ensinou muitíssimo. “Lições aprendidas devem ser escritas, lidas e jamais esquecidas.”, comentou a ex-executiva.