Randolfe Rodrigues já foi um dos maiores críticos de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além de apoiar a Lava Jato. O apoio terminou ainda em 2019, início do governo Jair Bolsonaro
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já foi favorável ao impeachment de Alexandre de Moraes e criticou duramente as decisões de Gilmar Mendes – ambos, dois dos ministros do Supremo Tribunal Federal mais apoiados atualmente pelo governo Lula e base aliada.
O pedido contra Alexandre Moraes e Dias Toffoli, liderado pelo então senador do Cidadania, Alessandro Vieira (o mesmo do PL da Censura), aconteceu em 16 de abril de 2019.
Além de Vieira, assinaram o protocolo que acusava Alexandre de Moraes e Dias Toffoli por crime de responsabilidade, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Lasier Martins (Pode-RS), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Reguffe (sem partido-DF).
O objeto do pedido de impeachment contra os magistrados foi o inquérito instaurado para investigar supostas “injúrias e ameaças virtuais” contra ministros do STF. Na ocasião, Alexandre de Moraes expediu mandados de busca e apreensão contra sete cidadãos e determinou o bloqueio das suas redes sociais. Moraes também ordenou que uma revista retirasse do ar uma reportagem que citava Toffoli, mencionado em um depoimento no âmbito da Operação Lava-Jato.
A matéria em questão era “O Amigo do Amigo do Meu Pai“, publicada pela Crusoé, que ligava Toffoli diretamente aos escândalos de corrupção da Odebrecht.
Randolfe Rodrigues já defendeu a Lava Jato e atacou Gilmar Mendes
Além de apoiar o impeachment do relator no STF do chamado “Inquérito do Fim do Mundo”, ministro Alexandre de Moraes, Randolfe Rodrigues, por meio do partido Rede, moveu uma ação semelhante contra o ministro Gilmar Mendes ligada à Operação Lava Jato, além de apoiar outros pedidos de impedimento contra o ministro.
Em 12 de junho de 2018, Randolfe apresentou uma questão de ordem na sessão plenária para encaminhar os pedidos de impeachment contra Gilmar Mendes recebidos pela casa. Na sessão, Randolfe destacou o pedido elaborado pelo jurista Modesto Carvalhosa.
Randolfe, então, leu uma lista com nove razões que fundamentavam o pedido de impeachment. Ele demonstrava que Gilmar Mendes “sistemática e reiteradamente abusa do cargo e das funções que exerce, cometendo inúmeras vezes os crimes de responsabilidade”.
“Eu acho que a responsabilidade de dar uma resposta, em especial a essa denúncia apresentada pelo doutor Modesto Carvalhosa, é de todos nós membros do Senado da República”, destacou Randolfe.
“Não me refiro ao presidente ou à Mesa, mas ao conjunto do Plenário do Senado e para que seja dado o encaminhamento que requer a Constituição, a Lei 1079 e o Regimento do Senado”, completou o senador.