Lula lança projeto para combater “racismo ambiental” na região da Amazônia – completamente abandonada pelo PT em gestões passadas. Segundo o IBGE, apenas 20% dos estados que compõem a Amazônia contavam com tratamento de esgoto em 2017
Segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP), a expressão “racismo ambiental” surgiu nos anos 1960, de uma expressão cunhada pelo secretário de Martin Luther King Jr, Franklin Chavis Jr. Já o termo tem sido usado para descrever o “processo de discriminação que populações de periferia – ou compostas de minorias étnicas – sofrem através da degradação ambiental”.
Segundo o governo Lula, foi com a premissa de reduzir essas mazelas sociais que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lançou no último domingo (7), em Belém, no Pará, o Comitê de Monitoramento da Amazônia Negra e Enfrentamento ao Racismo Ambiental.
“É ainda um momento de denúncia e de alerta para que a Amazônia não seja vista somente como pulmão do mundo, mas como a morada de pessoas indígenas, negras, quilombolas, dos povos de terreiro e comunidades tradicionais que vivenciam desigualdades e violências cotidianas”, afirmou a ministra durante o evento “Diálogos Amazônicos”.
PT governou entre 2003 e 2016, mas nunca cuidou do saneamento na região
O projeto da gestão petista, entretanto, não menciona a herança deixada pelos governos Lula e Dilma (2003-2016), referente aos problemas sanitários da Região Norte. Ainda há o agravante da tentativa do atual governo em derrubar artigos do Marco do Saneamento Básico, aprovado no governo Bolsonaro.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), em 2017 apenas 59% dos domicílios dos estados que compõem a região Amazônica estavam conectados à rede de distribuição de água potável.
Já em relação ao tratamento de esgoto, a situação da Região Norte do país era ainda mais precária. Em 2017, somente 20,3% da população era contemplada com uma rede decente de saneamento.