O PSOL decidiu entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar o direito do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) de se comunicar em suas redes sociais, além de incluí-lo no inquérito das Fake News que tem como relator o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A autora do pedido foi a também deputada federal, Erika Hilton (PSOL-RJ).
Segundo o site oficial do partido, Ferreira teria cometido crime de transfobia em seu discurso no parlatório da Câmara em 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Na petição, a deputada reafirma que, após o discurso, Nikolas Ferreira quis “disseminar o ódio” pelas redes sociais.
”Diante das circunstâncias, está evidente que o deputado Nikolas Ferreira, além de manter atividade criminosa constante de disseminar notícias falsas, transfobia e incitação à transfobia por todas as suas redes sociais, ainda está intencionalmente obtendo vantagem com a prática delituosa, se utilizando de sua prática de transfobia para angariar mais seguidores em suas redes sociais”, ressalta trecho da ação movida pela deputada.
PSOL x Nicolas Ferreira: STF envia petição à PGR
Nesta terça-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido do PSOL para suspender perfis de redes sociais do deputado Nikolas Ferreira.
Em seu despacho, o ministro do STF deu prazo de cinco dias para que a Procuradoria Geral da República de seu parecer final.
“Abra-se vista dos autos à PGR, para manifestação quanto ao requerimento apresentado pela deputada federal Erika Hilton, para imposição de medidas cautelares em desfavor do deputado federal Nikolas Ferreira, no prazo de cinco dias”.
Conforme mostrou o Paradoxo BR, Nikolas Ferreira discursou no último dia 8,apontando que a mulher tem perdido seu lugar na sociedade por questões de ideologia de gênero. No discurso, Ferreira usou do humor, trajando uma peruca loira, para justificar sua tese.