Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a ser chamado de Bolsonarista e acusado de ser responsável pela “estagnação econômica do Brasil”, mesmo após corte da Selic
A redução da taxa Selic em 0,50% anunciada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira (2) não foi suficiente para barrar os ataques governistas ao presidente da entidade, Roberto Campos Neto.
Sem apresentar provas ou dados técnicos a deputada e presidente do partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR), subiu novamente no palanque e chamou Campos Neto, de “Bolsonarista” e “sabotador do desenvolvimento do Brasil”.
“O corte de meio ponto na taxa Selic não muda o fato de que o BC segue impondo ao Brasil a maior taxa de juros do planeta. Já era pra ter reduzido a Selic, substancialmente, há muito tempo”, acusou Gleisi.
“Estamos pagando um preço muito alto pela atuação política do bolsonarista Campos Neto no BC. Manteve os juros na estratosfera, apesar de todas as evidências de que envenenam a economia. O BC de Bolsonaro, Guedes e Campos Neto, derrotado por Lula nas urnas, está sabotando o desenvolvimento do país. Têm de ser responsabilizados”, concluiu a petista.
Presidente do BC permanece no alvo de Lula
Antes disso, o próprio ‘presidente da República já havia antecipado os ataques a Roberto Campos Neto, mesmo ciente de que haveria cortes nos juros básicos da economia. Em fala durante coletiva aberta a jornalistas estrangeiros, Lula zombou dos conhecimentos do presidente BC sobre o que ele chamou de “a realidade brasileira”.
“Esse rapaz que está do Banco Central, me parece que ele, não sei do que ele entende, mas ele não entende de Brasil e não entende de povo”, afirmou Lula.
“Então, tem uma lógica, eu não sei a quem que ele está servindo, não sei, sinceramente eu não sei. Aos interesses do Brasil não é”, completou.
Como o Paradoxo BR mostrou, Roberto Campos Neto tem sido o representante de instituições mais atacado desde 2023. Em praticamente todos os dias desde a posse de Luiz Inácio Lula