O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o governo cogita reajustar preços ainda este ano, em virtude dos problemas em refinarias da Rússia e defasagem de mercado
Amargando defasagem de preços em relação ao mercado, a Petrobras já admite que deverá promover ao menos mais um reajuste de combustíveis ainda em 2023. A notícia foi confirmada pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, que também é senador licenciado pelo Partido dos Trabalhadores.
Em entrevista coletiva durante comemoração dos 70 anos da Petrobras, Prates disse que um dos motivos do eventual aumento seria a paralisação de refinarias na Rússia, que deve implicar, principalmente, na carência de diesel no mercado brasileiro.
“Estamos analisando a possibilidade ou não de outro reajuste até o final do ano em virtude dos problemas na Rússia”, destacou Prates.
Governo Lula justifica chance de novo reajuste
O dirigente da estatal ainda falou sobre a mudança de política e preços da estatal. No início de 2023, a Petrobras abandonou a PPI (Paridade de Preços Internacionais). O novo formato, segundo Prates, foi “prejudicado” pelas constantes oscilações no preço do barril do tipo Brent, além do diesel.
Ele explicou que, desde que a Petrobras mudou sua política de preços, tendo sido abandonada a paridade com a importação (PPI), ocorreram inúmeras oscilações do Brent e também do diesel.
“O crack do diesel disparou, refinarias da Rússia pararam de funcionar, tivemos enxugamento do diesel russo, que estava chegando e fazia um certo colchão de amortecimento de preços. Estamos no mercado com uma espécie de tempestade perfeita, que a gente tem que administrar”, justificou.