Após extinguir a política criada para socorrer a Petrobras, o governo Lula está numa encruzilhada: ou altera os preços da gasolina e diesel na “canetada” ou acompanha de vez o mercado internacional
A nova política populista de preços da Petrobras está com os dias contados. Após reduzir os valores dos combustíveis em maio, a estatal vive hoje um dilema: abolir de vez a paridade internacional ou acompanhar o mercado.
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), existe atualmente uma defasagem de 13% no litro do diesel e 9% no litro da gasolina. Isto é: o preço cobrado pela Petrobras está cada vez mais distante do preço do barril.
Com a redução na produção diária da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o barril de petróleo voltou a ficar mais caro no exterior, batendo quase US$ 97. Em janeiro, o mesmo barril custava cerca US$ 82 – situação que permitiu a Lula e à Petrobras agirem de forma mais populista.
Preços dos combustíveis no Brasil
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do litro da gasolina comum nos postos brasileiros é de R$ 5,94. Já o litro do diesel que abastece os caminhos que transportam os alimentos de norte a sul do país, o preço médio é de R$ 6,20.