Tango comunista: a saga de Valdemor, um porco com passado pra lá de questionável !
Em uma fazenda, outrora um lugar proeminente onde todos tinham o objetivo comum de impedir que os ratos comunistas destruíssem tudo, os animais debatiam ideias e compartilhavam histórias.
Em uma casa isolada, vivia Valdemor, um porco de passado questionável e astúcia singular. Uma vez relegado ao esquecimento por suas alianças nefastas com os ratos, Valdemor viu uma oportunidade de ouro para ressurgir quando um animal respeitado e carismático da fazenda, buscando o menos pior, esqueceu-se de que um porco nunca abandona seu verdadeiro ímpeto e acabou caindo na lábia de
Valdemor, aliando-se a ele. Essa aliança inesperada proporcionou a Valdemor os recursos e a influência necessários para um plano ambicioso, e ele não demorou a se afundar na lama, afinal, é a natureza dos porcos.
Valdemor recorreu à porca Ferreira, uma figura astuta e admirada pelas toupeiras burras da fazenda. Ferreira, com sua lábia e lealdade aos outros porcos, assumiu o papel de braço direito de Valdemor, liderando um grupo de toupeiras que, o que lhes faltava em inteligência, sobrava em maldade, e sabiam repetir o que lhes era ordenado como nenhum outro animal.
“O tango da traição: os animais começaram a duvidar uns dos outros”
Treinadas na arte da dissimulação e da persuasão, essas toupeiras tinham uma missão: infiltrar-se sorrateiramente nos grupos de direita da fazenda para semear a discórdia.
O ardil de Valdemor e Ferreira logo começou a alterar a paisagem da fazenda. O que antes era um espaço de camaradagem e colaboração agora fervilhava com debates acirrados e mal-entendidos.
Os animais, iludidos pelas narrativas fabricadas e perfis falsos do grupo de Ferreira, começaram a duvidar uns dos outros, desfazendo a unidade e a solidariedade que antes os definiam.
Nas sombras, Valdemor observava com um sorriso malicioso. Seu plano meticuloso estava em pleno andamento. Os grupos de direita, antes coesos e influentes, agora estavam fragmentados e atolados em confusão interna, perdendo sua voz e poder na fazenda.
Com o tempo, a influência de Valdemor na fazenda cresceu exponencialmente.
Ele, que antes operava nos bastidores, emergiu como uma figura dominante, embora muitos na fazenda ainda estivessem alheios à extensão de seu controle. Através de Ferreira e suas toupeiras infiltradas,
Valdemor não só manipulava o jogo, mas também reescrevia a história da fazenda para atender aos seus interesses. A intenção final dos porcos sempre foi ocupar o lugar dos tucanos; por isso, o discurso de unir a direita nunca sai da boca dos porcos que jamais foram de direita. Eles alegam que só um porco pode cuidar do curral.
Esses impetuosos porcos safados minam qualquer chance da verdadeira direita, que sempre foi unida e com o objetivo único de extirpar os ratos imundos da liderança da fazenda. Agora, vários animais da fazenda foram levados a acreditar que, apenas colocando todos os porcos no controle, expulsarão os ratos.
Mas mal sabem eles que porcos safados e ratos são iguais e andam juntos no calar da noite, fazendo com que animais de direita jamais liderem a fazenda novamente. No final, porcos sempre serão porcos, e, por mais limpos que se mostrem, sempre voltarão para a sujeira e sempre dividirão o esgoto com os ratos.