PGR alega que o senador do União teria cometido crime de calúnia contra o magistrado do STF
Um dia após o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, afirmar que “em breve, iríamos ver Sergio Moro preso”, em evento do Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor), a Procuradoria-Geral da República solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão do senador do União-PR e ex-juiz da Lava Jato por “crime de calúnia”, que teria sido cometido contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
A denúncia foi assinada pela vice procuradora geral da República, Lindora Maria Araujo, e baseada em um vídeo que circula pela internet, onde Moro aparece falando que Gilmar Mendes “venderia habeas corpus”.
Mendes denunciou o caso no ultimo dia 14.
“Em data, hora e local incertos, o denunciado Sergio Fernando Moro, com livre vontade e consciência, caluniou o Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, imputando-lhe falsamente o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal, ao afumar que a vítima solicita ou recebe, em razão de sua função pública, vantagem indevida para conceder habeas corpus, ou aceita promessa de tal vantagem.”
No vídeo em questão, usado como prova por Gilmar Mendes e aceito pela PGR, Moro aparece em um evento, onde uma voz não identificada diz: “Está subornando o velho.”
Em seguida, Moro responde:
“Não, isso é fiança… instituto. Pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes.”
PGR não aceitou justificativa de Moro
No dia após o vazamento do vídeo em redes sociais, a assessoria do senador Sérgio Moro afirmou que sua fala, capturada em um momento de descontração, “foi tirada do contexto verdadeiro”.
“Apenas foram divulgados fragmentos da conversa, que foram tirados do contexto”, alegou Moro por meio de sua assessoria de imprensa.
.