Petrobras quer ampliar negócios com países bolivarianos. Bolívia sofre com falta de recursos e pode até virar importadora de gás
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates afirmou que a estatal tem planos para retomar projetos conjuntos com Bolívia, Venezuela e Guiana. A intenção foi revelada após encontro na de Prates com o presidente boliviano, Luis Arce na terça-feira (30), durante evento da Unasul.
“Queremos revisitar países vizinhos, como Bolívia, Venezuela e Guiana, e debatermos alguns pontos como os termos contratuais, novas potencialidades de exploração de gás e a preparação das empresas para a transição energética”, admitiu o presidente da petrolífera em comunicado à imprensa.
Petrobras e as parcerias com Bolívia e Venezuela: histórico de problemas
Em janeiro deste ano, a Bolívia admitiu escassez de recursos para explorar o seu próprio gás natural. Especialistas indicam que o país seja dependente a partir de 2030, caso não ocorra investimentos no setor. O problema pode ser um indício das intenções da Petrobras em ampliar os negócios no país.
No passado mais distante, em 2007, durante o segundo mandato de Lula, a Bolívia chegou a tomar refinarias da Petrobras sem justificar. O imbróglio não foi devidamente esclarecido pelo então presidente boliviano, Evo Morales.
Caso Abreu e Lima e Venezuela
Como o Paradoxo BR mostrou, o Brasil sofreu calote bilionário da PDVSA – a estatal petrolífera da Venezuela durante o projeto conjunto da refinaria de Abreu e Lima. Além da explosão dos custos (US$ 20 bi), foi revelada a ausência de um contrato formal entre o governo brasileiro e a então administração de Hugo Chávez.