Sob o comando de Lula, Petrobras perdeu 47% de lucro líquido no segundo trimestre de 2023. Prejuízos coincidem com a mudança de política de preços feita “na canetada”, anunciado pelo presidente da instituição, Jean Paul Prates
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (4) que a Petrobras está “no limite” e não poderá mais segurar os preços dos combustíveis.
“Eles (a direção da Petrobras) disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que, se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados”, explicou Silveira em entrevista à GloboNews.
A medida intervencinista foi tomada em 16 de maio pelo senador Jean Paul Prates, quando a estatal abandonou o sistema de Paridade de Preço Internacional (PPI), introduzido na gestão de Michel Temer para reduzir os prejuízos causados pela corrupção.
O ministro de Minas e Energia disse ainda que as medidas já informadas ao ‘presidente’ Lula, durante reunião no Palácio do Planalto.
“É claro que se houver oscilação para cima, a Petrobras terá responsabilidade com esses investidores, com a empresa, com a necessidade de seus reinvestimentos para modernizar a empresa, os repasses serão feitos. Por isso, eu quero tranquilizar os investidores”, ratificou Alexandre Silveira.
Nesta sexta-feira, a Petrobras confirmou queda em seus lucros líquidos no segundo trimestre. As perdas batem com o início da “canetada” de Lula para segurar a alta dos preços da gasolina e diesel.
Segundo o balanço da estatal, o superávit foi de R$ 28,7 bilhões entre abril e junho. A queda em relação ao mesmo período de 2022 – ainda na gestão Bolsonaro – foi de 47%. Naquele período, o lucro da Petrobras foi de R$ 54,3 bilhões.
Petrobras mudou política de preços mas garantiu “competitividade”
Apesar de ter “alterado artificialmente” a variação dos preços a direção da Petrobras disse que a perda dos lucros se deu por conta da queda do barril Brent no mercado internacional, alta de despesas operacionais e diferença de preços do diesel bruto e refinado no exterior.
Como o Paradoxo BR mostrou, quando a Petrobras decidiu mudar a política de preços, seu presidente, Jean Paul Prates, acalmou o mercado, garantindo que a petrolífera não perderia competitividade.
“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes”, prometeu o presidente da estatal, Jean Paul Prates.
“Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destacou Prates.