Pesquisa aponta alta de 18% no setor das vendas por atacado. Queda no desemprego e auxílios na pandemia colaboraram para a alta
Pesquisa feita pela Nielsen revelou que o setor atacadista nacional faturou R$ 364 bilhões em 2022, último ano do governo Bolsonaro. Os dados – relacionados aos preços cobrados pelo setor varejista nacional – foram encomendados pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).
A pesquisa executada pela Nielsen investigou o balanço de 650 empresas que representam 53,8% do faturamento do mercado brasileiro. Já o crescimento no período foi de 18% sobre o resultado de 2021.
“O varejo alimentar está vivendo um momento bom”, afirmou o presidente da Abad, Leonardo Severini. “Nossa operação, não só do atacado distribuidor mas como do varejo em si, é uma operação física (…) Quanto mais vemos um movimento favorável, mais tendemos a reinvestir para aproveitar o momento bom”, explicou.
De acordo com os analistas de mercado, o aumento do consumo em 2022 foi reforçado por dois fatores: queda no desemprego e incentivo movimentado por programas de distribuição de renda (Auxílio emergencial e Brasil). A política assistencialista cresceu no governo Bolsonaro em virtude da pandemia de covid-19.
Pesquisa é justificada por “números sociais”
Como o Paradoxo BR mostrou, o índice de pessoas sem ocupação formal ficou em 7,9% no final de 2022 – a menor desde 2014, quando havia atingido o patamar de 6,6%. Já o índice de desigualdade social foi o menor da série histórica: 0,518, segundo o IBGE.