Partidos conservadores e liberais afirmam que “lugar de ladrão é na prisão”
Portugal promete ser o primeiro grande teste para a cobertura da mídia internacional sobre o governo Lula. Na próxima sexta-feira (21), a comitiva da presidência da república desembarcará em Lisboa, para uma missão de cinco dias pela capital portuguesa.
No dia 25, estava previsto um discurso do chefe de estado brasileiro no parlamento contra a ditadura no país, mas o evento deverá ser cancelado em virtude de um protesto organizado por deputados de oposição. Além de colocar o jornalismo estrangeiro à prova, o manifesto também testará a ‘profundidade’ cobertura dos veículos nacionais.
O evento registrado em panfletos com o tema “Lugar de Ladrão é na Prisão” foi convocado pelo partido conservador Chega, e deve acontecer em frente à Assembleia Nacional, sede da casa legislativa de Portugal.
“Já temos corrupção a mais em Portugal, não precisamos de importá-la! Juntem-se a nós, frente ao Parlamento, no dia 25 de Abril, a partir das 9h. Precisamos de todos! Mesmo todos!, escreveu o deputado André Ventura no Twitter.
Partidos se juntam contra o presidente brasileiro
O manifesto do Chega conta com apoio de outros partidos, como Iniciativa Liberal (IL) e Partido Social Democrata (PSD) O deputado Rui Rocha (IL) declarou que seu parlamento não pode receber um aliado de Putin como Lula, e ainda frisou que o presidente português “não pode estar confortável” com a presença de um aliado de Putin na Assembleia do país”.
“A AR que convidou Zelensky para discursar em 21 de Abril de 2022 não pode receber um aliado de Putin como Lula no 25 de Abril. E o Presidente da República que atribuiu a Ordem da Liberdade a Zelensky não pode estar confortável com a presença de um aliado de Putin como Lula na AR”, apontou Rocha pelo Twitter.
Já o vice-presidente do Partido Social Democrata, Paulo Rangel solicitou uma posição formal do governo português sobre as declarações recentes de Lula sobre a Ucrânia, em que o petista culpa, de certa forma, o país de Volodymir Zelensky pela continuidade da guerra.
Como o Paradoxo BR mostrou, Lula declarou que EUA, além da União Europeia, precisariam de “incentivar a guerra”, colaborando com o fornecimento de equipamentos militares à Ucrânia.