Paradoxo BR entrevistou a deputada distrital do DF, Paula Belmonte na quinta-feira (29). No programa, o ativista Didi Red Pill apresentou imagens inéditas de tropa comandada por Flávio Dino que supostamente não agiu durante os ataques de 8 de Janeiro
Durante exibição do programa de quinta-feira (29) do Paradoxo BR, que teve como convidada especial a deputada distrital do DF, Paula Belmonte (Cidadania), o artista plástico e jornalista, Adriano Castro – conhecido como Didi Red Pill – divulgou imagens exclusivas e inéditas de tropas da Força Nacional no entorno do Ministério da Justiça, comandadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA). O material cedido pelo colaborador do Paradoxo BR já foi agregado ao conjunto probatório da CPI do 8 de Janeiro da Câmara Legislativa do DF
As fotos retratam os grupos totalmente estáticos e inativos durante as invasões dos Três Poderes no 8 de Janeiro.
“Houve uma espécie de sabotagem – ou má vontade”, calculou Didi, durante sua participação no programa do Paradoxo BR.
“Por que esses agentes da Força Nacional ficaram de braços cruzados? Podem dizer que era pouca gente, mas se fossem unidos a mais “pouca gente”, poderiam ter ajudado a impedir as invasões”, pondera.
A deputada distrital e convidada do Paradoxo BR, Paula Belmonte, corroborou com as falas do ativista, relembrando os acontecimentos do fatídico 8 de Janeiro.
“Quando houve a intervenção do secretário de segurança, Ricardo Cappelli, ele mesmo disse: -Tenho impressão que a polícia militar foi colocada em uma emboscada -“, recorda.
“Depois dessa fala, nenhum parlamentar do governo tocou mais nesse assunto. Ele é altamente ligado ao ministro Flávio Dino”, ressalta a deputada.
Paradoxo BR TV: “Quem são essas pessoas que invadiram o Palácio do Planalto?” – questiona Paula Belmonte
Paula Belmonte se destacou na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal por dar nomes aos responsáveis pela segurança dos edifícios públicos. Na visão de Belmonte, o grande responsável foi Flávio Dino, que omitiu informações do então GSI, General Dias.
“Estamos numa linha de investigação muito forte, nesse sentido de emboscada”, revela Paula Belmonte.
“Independente da palavra utilizada, eles foram permissivos à entrada no Palácio do Planalto. Temos ainda a palavra de um comandante com muitos anos na PM (Jorge Eduardo Naime) que disse nunca ter visto uma facilidade tão grande para invadir locais púbkicos”, completa.
“Não concordamos de forma nenhuma com qualquer tipo de vandalismo. Mas precisamos defender a livre manifestação. Questiono, então, quem são essas pessoas que entraram e depredaram da forma que depredaram?”, ratifica Paula Belmonte.