Após série de adiamentos, programa Voa Brasil – que oferece passagens a R$ 200 – deverá sair depois do Carnaval
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo Lula irá tentar intervir nos preços dos combustíveis, em especial, o querosene de aviação – indispensável para viabilizar o Voa Brasil. Segundo Silveira, a intenção de uma eventual medida seria reduzir o preço das passagens aéreas, já que os gastos com o combustível utilizado para abastecer os aviões comerciais é o que mais pesa no orçamento do setor.
“A Petrobras, por ser quase que a monopolista do querosene de aviação no Brasil, a discussão com ela deve ser mais rigorosa”, pontuou. “O (preço do) combustível é importante, mas não é somente isso. Precisamos discutir o que o querosene representa em uma política vertical imprimida pelo Conselho Nacional de Política Energética a todos os fabricantes do Brasil”, acrescentou.
“Voa Brasil” depende de preços mais baixos
Os planos do governo Lula para baratear a querosene de aviação estão ligados diretamente à execução do Voa Brasil, que pretende oferecer passagens aéreas a R$ 200. O lançamento do programa foi adiado para depois do Carnaval e pretende beneficiar aposentados e alunos do Prouni (Programa Universidade para Todos). Com isso, cerca de 21 milhões de brasileiros estariam habilitados para comprar os bilhetes mais baratos.
Atualização: No momento de fechamento desta matéria, a Petrobras anunciou a redução do preço do querosene de aviação em 0,4%. Em nota, a Petrobras negou qualquer interferência.
“Importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”, destacou.