O Papa Francisco declarou recentemente ao jornalista Gustavo Sylvestre da emissora argentina C5N que a justiça brasileira perseguiu e atuou de forma ilegal contra o atual ‘presidente’ da república brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O pontífice argentino, que se chama Jorge Mario Bergoglio e recebeu Lula em sua residência no Vaticano, em 2020, culpou a prática chamada de “lawfare” para levar o petista à prisão em 2018. Lawfare é um termo em inglês para descrever uma prática indevida do sistema de leis com fins políticos e de perseguição pessoal.
Além de criticar o sistema aplicado contra Lula, o Papa Francisco também protestou contra o processo de impeachment sofrido em 2016 por Dilma Rousseff, a atual presidente do NDB – o banco do Brics. Francisco destacou na entrevista que Dilma seria uma “excelente mulher, de mãos limpas”.
“Para condena-lo, bastou usar um acúmulo de notícias da imprensa. Foi assim que aconteceu com Lula”, apontou Francisco, sem exemplificar casos específicos para comprovar sua tese.
“E o que aconteceu com Dilma Rousseff”, questionou o Papa. “Eles não podiam…não podiam. Ela é uma mulher de mãos limpas, uma excelente mulher. Foi uma ação feita em harmonia com a direita”, completou Francisco.
Em fevereiro de 2020, Lula e seu advogado, Cristiano Zanin, estiveram na residência Santa Marta, do Papa Francisco. Na audiência, que durou uma hora, o petista afirmou que discutiu temas como “desigualdade social”, “perda dos direitos dos trabalhadores” e “mudanças climáticas”.