Considerada uma das raras vitórias da oposição na CPMI, os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta conseguiram aprovar a investigação do vazamento de dados sigilosos do ex-presidente e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro
A CPMI do 8 de Janeiro irá investigar o vazamento de dados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira dama, Michelle. A solicitação foi apresentada como questão de ordem na comissão de trabalho nesta terça-feira (1º) pelos senadores da oposição, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Magno Malta (PL-ES). O deputado federal Arthur Maia (União-BA) aprovou o requerimento.
Na reclamação feita no reinício dos trabalhos da comissão parlamentar mista de inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro, os congressistas alegaram ainda que o requerimento aprovado para quebra de dados bancários de Mauro Cid – ex-ajudante de Bolsonaro – se limitava às operações feitas entre outubro de 2022 e maio de 2023, quando Cid foi detido pela Polícia Federal.
Flávio Bolsonaro e Magno Malta reclamam que as informações vazadas pela imprensa pelo Coaf abrangeram operações bancárias de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro até julho deste ano, com o agravante de expor as identidades de terceiros.
Oposição consegue rara vitória com abertura de investigação
Como o Paradoxo BR mostrou, alguma fonte com acesso à sala-cofre do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vazou para a imprensa a informação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões por meio de transações via Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano.
A aprovação das investigações tem sido considerada como uma das ras vitórias da oposição desde o início da CPMI do 8 de Janeiro.