Oposição coloca Nicolás Maduro na mira das autoridades norte-americanas. Deputados citam acusações de narcotráfico e outros crimes
A visita de Nicolás Maduro ao Brasil virou alvo da oposição no legislativo. A Câmara dos Deputados se mobilizou nesta segunda-feira para que o ditador venezuelano seja detido pelas autoridades nacionais e internacionais.
O deputado federal Coronel Assis (União-MT) emitiu um requerimento à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara para a prisão imediata do ditador Venezuelano. Maduro está desde 2020 na lista do Departamento de Estado dos EUA como narcoterrorista. Veja a lista completa de crimes apontadas pelo governo dos EUA.
Oposição reage: o que diz o requerimento de prisão contra Maduro
O documento enviado à Câmara solicitando a prisão de Nicolás Maduro apresenta uma série de justificativas:
“Em razão da presença de Nicolás Maduro, ditador e genocida da Venezuela, em solo brasileiro, e do fato de ser procurado pelo departamento de combate às drogas do governo dos Estados Unidos, sob a acusação de narcoterrorismo e lavagem de dinheiro e do relatório da missão internacional independente das Nações Unidas (ONU), que acusou o Governo de Maduro de crimes contra a humanidade.”
Deputado Gustavo Gayer convoca embaixada dos EUA
O deputado federal Gustavo Gayer (PL) enviou ofício à embaixadora dos Estados Unidos em Brasília, Elizabeth Frawley Bagley em repúdio à visita de Maduro ao Brasil. Gayer destaca no documento que o venezuelano é procurado nos EUA por narcotráfico e terrorismo.
O parlamentar concluí a notificação, solicitando informações sobre os “procedimentos que podem ser adotados pelo Governo Norte-americano para a captura deste criminoso”.
Quais são as chances de Maduro ser detido?
Na visão do ex-chanceler Ernesto Araújo, existem poucas chances de Nicolás Maduro ser detido em solo brasileiro.
“Só (poderia ser preso) se estivesse na lista da Interpol ou do Tribunal Penal Internacional, mas não é o caso. Ou ainda, a cabo de um longo processo de cooperação judicial com americana”, destaca Araújo.