Oposição já conseguiu 94 das 171 assinaturas necessárias para abrir CPI de Marajó
Os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já conseguiram (até a tarde de 26/2) coletar 94 assinaturas para a abertura de uma comissão parlamentar que pretende investigar as denúncias de abuso sexual na ilha de Marajó, em Belém do Pará. Para dar início a uma CPI na Câmara, é necessária a adesão de 171 deputados federais.
O tema veio novamente à tona depois que a cantora gospel Aymeê comentou sobre a ocorrência de incidentes graves na região.
“Na minha terra tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”, afirmou a cantora.
Denúncias sobre Marajó já aconteciam no 1º governo Lula
As denúncias sobre prostituição infantil na região do Pará não são recentes, mas causaram violenta reação em políticos de esquerda e artistas em outubro de 2022, após declarações contundentes da então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Os relatos sobre os crimes datam do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 10 de abril de 2006, o Monsenhor Dom José Luiz Azcona, Bispo da Ilha do Marajó, denunciou à comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados que “dentre outros problemas sociais preocupantes, adolescentes estariam sendo vítimas de exploração sexual no Município de Portel, Estado do Pará, na região do Arquipélago de Marajó”.