A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou hoje suas recomendações atualizadas sobre o calendário de vacinação contra a covid-19. Em comunicado, a entidade agora afirma o que vinha sendo apontado por muitos médicos antes considerados “negacionistas”: crianças e adolescentes sem histórico de comorbidades não devem ser obrigados a serem vacinados.
Outra alteração no protocolo da OMS se refere a aplicação de doses extras do imunizador. De acordo com o órgão, o reforço seria ministrado em um prazo de 6 meses a 1 ano após a dose anterior, especialmente em pessoas com alto risco e idosos.
A OMS emitiu o comunicado, destacando que a campanha de vacinação deverá focar, daqui em diante, nas pessoas com mais chances de riscos de morte por covid-19.
De acordo com a agência subsidiária da ONU (Organização das Nações Unidas), as mudanças ocorrem em virtude do “alto nível de imunidade da população em todo o mundo, contraída pela vacinação e a chamada imunidade de rebanho.
OMS: confira detalhes sobre as novas recomendações
Publicano nesta terça-feira, o Strategic Advisory Group of Experts vaccination guidance (Guia do Grupo de Experts para Aconselhamento Estratégico de vacinação) destaca a relação “custo-benefício” de imunização de menores de idade.
“O roteiro considera recentemente a relação custo-benefício da vacinação contra a COVID-19 para aqueles com menor risco – ou seja, crianças e adolescentes saudáveis – em comparação com outras intervenções de saúde. O roteiro também inclui recomendações revisadas sobre doses de reforço adicionais e o espaçamento dos reforços. (…) .”
“O impacto na saúde pública da vacinação de crianças e adolescentes saudáveis é comparativamente muito menor do que os benefícios estabelecidos das vacinas essenciais tradicionais para crianças – como as vacinas conjugadas contra rotavírus, sarampo e pneumocócica – e das vacinas COVID-19 para grupos de alta e média prioridade. Crianças com condições imunocomprometidas e comorbidades enfrentam um risco maior de COVID-19 grave, portanto, estão incluídas nos grupos de alta e média prioridade, respectivamente”, destaca a OMS.