Flávio Dino afirmou não poder entregar imagens de seu gabinete à CPMI, pois elas seriam “de responsabilidade da polícia”. Ele chegou a postar que estava no Ministério da Justiça em 8 de Janeiro
A comissão parlamentar mista de inquérito que investiga os atos de 8 de Janeiro, em Brasília, deve retomar seus trabalhos, envolvida por novas polêmicas. A mais recente delas, está ligada diretamente ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA).
Segundo reportagem publicada neste final de semana pelo Estado de S. Paulo, o “dono” da Polícia Federal teria afirmado que sua pasta “não irá atender à solicitação” feita pela oposição, que pretende apurar os acontecimentos no interior do gabinete de Dino.
“Esta decisão administrativa visa preservar a autoridade do Poder Judiciário no que se refere ao compartilhamento de provas constantes de Inquéritos com eventuais diligências em curso”, disse Flávio Dino, após receber ofícios de requerimento.
Dino afirmou que estava em seu gabinete no dia 8 de janeiro
O fator motivador do pedido das imagens foi o tuíte do ministro postado em 8 de janeiro, afirmando que ele assistia às invasões no local. Em afirmações posteriores, Flávio Dino negou estar em seu gabinete durante os ataques.
Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 8, 2023
Após a publicação da notícia sobre a recusa, Flávio Dino explicou que esse requerimento para obter os registros em vídeo deveria ser feito às autoridades que investigam os incidentes de 8 de Janeiro.
“As imagens estão em inquéritos policiais. Tem que cumprir o artigo 20 do Código de Processo Penal. Basta pedir para quem preside o inquérito. Portanto, não há negativa”, afirmou Dino.