Governo Lula também não se manifestou sobre morte de opositor a Vladimir Putin
Em mais uma amostra da nova fase do Brasil como “democracia relativa”, o governo Lula ainda não manifestou indignação de forma oficial em relação a dois incidentes internacionais de alta gravidade: a prisão da venezuelana Rocío San Miguel e a morte do russo, Alexei Navalny.
Na sexta-feira (16), um comunicado assinado por 5 países latino-americanos foi divulgado à imprensa, em repúdio à detenção da ativista venezuelana. O Itamaraty, entretanto, decidiu não participar do manifesto.
“Os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Paraguai e Uruguai expressam sua profunda preocupação com a detenção arbitrária da ativista de direitos humanos Rocío San Miguel e fazem um apelo energético às autoridades venezuelanas para que a libertem imediatamente e retirem as acusações feitas. Da mesma forma, rejeitam as recentes medidas contra o Escritório Técnico de Assessoria do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela e exigem o pleno respeito aos direitos humanos, a vigência do estado de direito e a convocação de eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas sem proibições de qualquer tipo”, aponta a declaração.
Governo Lula mantém silêncio sobre morte de ativista russo
O outro incidente ignorado pelas autoridades brasileiras foi o da estranha morte do maior opositor do presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny. Segundo o governo russo, Navalny faleceu na semana passada aos 47 anos, após uma caminhada. A família do ativista declarou que ele não tinha problemas de saúde. Entretanto, o sistema penitenciário afirmou que o rival de Putin passou mal depois de almoçar e não resistiu.