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“Mudanças Climáticas” devem reduzir produção de carne suína na Europa

Carne

Carne suína produzida na Europa deverá amargar forte redução nos próximos anos em virtude de políticas cada vez mais extremistas de regulação do clima

As novas regras de sustentabilidade impostas para tentar controlar as “mudanças climáticas” devem impedir que os europeus ampliem os investimentos na criação de porcos e produção de carne suína nos próximos anos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a União Europeia deve produzir 21,7 milhões de toneladas até o final de 2023 — quase 10% menos, em comparação a 2021.

Embora tenha superado crises recentes – incluindo a peste africana e a pandemia de covid-19 – os produtores afirmam que “estão às cegas”, principalmente em virtude das novas regras sanitárias. Entre as mudanças previstas estão “limitações” para poluição geradas pelos criadores. Nesse quesito particular, as regras podem fazer com que a produção de proteína suína caia até 25% nos próximos três anos.

Carne suína brasileira pode ser destacar no exterior

A expectativa de que os europeus sentirão na pele a crise foi ratificada por um dos grandes players do segmento nacional. Durante sua participação no Eco Animal Health Global Pig Event, em Estocolmo, capital da Suécia, o diretor de Mercado Internacional da Aurora Coop, Dilvo Casagranda, destacou a expectativa de redução da produção na Europa e manutenção das vendas no Brasil.

“Com tendências de redução da produção, em poucos anos a Europa deixará de ser exportadora de carne suína, devido às regulações impostas ao setor produtivo”, comentou o empresário, apontando que Ásia e Estados Unidos permanecerão com demanda alta pelo produto.

Já sobre o Brasil, Dilvo Casagranda afirma que o país não sofrerá como os europeus, principalmente em razão das regras para a “preservação da Amazônia”.

“Temos um sistema produtivo organizado, competitivo e com bioseguridade”, apontou o executivo.

“Além disso, nosso país é o único livre de diversas doenças em suínos disseminadas no mundo. Também desmistificamos a visão externa de preservação no país, apresentando os dados de áreas preservadas no Brasil em relação à utilização de terras para produção, bem como a preservação da floresta amazônica”, completou.

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