Com a punição reiterada pelo TSE, Bolsonaro permanece 8 anos fora das eleições. Punição também foi severa a Braga Netto, que ficará de fora das eleições para a prefeitura do RJ
A perseguição a Jair Bolsonaro e aliados continua firme e forte. Após se tornar inelegível por 8 anos pelo caso da reunião com embaixadores em evento anterior à campanha eleitoral no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ratificou a inelegibilidade do ex-presidente por “abuso econômico”, durante sua participação nos eventos de 7 de setembro de 2022. O ex-ministro e general Braga Netto, seu companheiro de chapa, também foi punido, e deve ficar 8 anos sem poder disputar eleições. O placar da votação foi 5 a 2 pelas condenações.
Segundo as regras do TSE, a dupla condenação não dobra a pena de Bolsonaro. O julgamento, entretanto, serviu para minar as chances da direita na disputa pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, em 2024. Braga Netto era um dos favoritos a vencer a disputa pela Cidade Maravilhosa.
Missão dada é missão cumprida: TSE aplica multa pesadas a Bolsonaro
Além de votar favorável à inelegibilidade de Jair Bolsonaro e Braga Netto, o relator do processo movido pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ministro Benedito Gonçalves, determinou multas de R$425,6 mil para o ex-presidente e de R$212,8 mil para Braga Netto.
Gonçalves é o mesmo ministro que já votou pela condenação de Bolsonaro no caso da reunião com embaixadores sobre as urnas eletrônicas, e o mesmo personagem do “tapinha no rosto”, dado por Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE.
Ele também é o autor de “missão dada é missão cumprida” – frase que vazou no microfone de Moraes, durante a cerimônia de diplomação de Lula em dezembro. O atual presidente da República nomeou Gonçalves para o Superior Tribunal de Justiça em 2008.