O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA) usou o episódio trágico em Blumenau ocorrido na última quarta-feira (5) para reforçar a intenção de controlar a internet.
“É que uma internet desregulada, como hoje o Brasil ainda mantém, desalinhada com as melhores práticas internacionais, a exemplo da União Europeia, acaba gerando que essa violência se sustente”, acusou Dino.
“Nós formulamos uma proposta exatamente para que haja o chamado dever de cuidado. É inaceitável, é absolutamente inaceitável, que nós tenhamos hoje essas ameaças circulando nas redes sociais.
“Por que acontece essa violência contra crianças e jovens? Porque nós temos hoje uma proliferação de discursos de ódio em várias esferas da sociedade, e isso obviamente chega nas escolas”, explicou o ministro.
Ministro da Justiça promete R$ 150 milhões em recursos para segurança
Além de renovar a campanha para censurar as redes, Flávio Dino anunciou uma série de medidas que, segundo o ministro, deverão colaborar para o combate a ataques semelhantes ao promovido na creche catarinense.
A partir desta quinta-feira (6), 50 policiais deverão se dedicar “exclusivamente” ao monitoramento de ameaças na internet.
Somado ao efetivo direcionado à inteligência, Dino confirmou a distribuição de R$ 150 milhões a estados e municípios para fortalecer rondas policiais escolares. “Isso será feito por meio de edital, que nós vamos conversar com o ministro da Educação Camilo Santana e com os secretários estaduais de segurança”, anunciou Flávio Dino.
“Com isso, nós vamos fortalecer esse trabalho de policiamento das guardas municipais. Também estou constituindo na nossa Secretaria Nacional de Segurança Pública, grupo emergencial de monitoramento daquilo que é chamado de deep web e dark web. Estamos vendo nesse instante, no país, uma ideia de pânico. Há ameaças em relação a outras escolas, universidades”, concluiu o ministro.